225 dias – Hello Stranger

Closer – Perto Demais

  •  ( Este post contém spoiler – revelações sobre o o filme – )

Os personagens são: Alice (Natalie Portman), Dan (Jude Law), Anna (Julia Roberts) e Larry (Clive Owen).  Falarei um pouquinho sobre cada um:

Anna (Julia Roberts) 

  • Fotógrafa e bem sucedida. Se envolve com Dan (Jude Law). Algum tempo depois conhece Larry (Clive Owen) e casa-se com ele. Mesmo casada, continua se relacionando com Dan. Insegura, calada, manipulável, vejo a Anna como aqueles seres passivos, apáticos e sem sal. Ela quase não age, passa boa parte do filme somente reagindo aos outros. Não dá pra sentir o amor/a paixão que ela diz que sente. Pra mim, é a mais defensiva de todos, talvez por já ter sido casada antes.

Alice (Natalie Portman)

  • Alice é uma stripper que se envolve com Dan (Jude Law) após mudar de cidade com o fim do seu antigo relacionamento. Pra mim é a mais complicada de todos porque em nenhum momento do filme fica evidente o que ela quer, o que a motiva, o que a incomoda. É jovem e impulsiva. É uma menina de perguntas. E a minha preferida.

Dan (Jude Law)

  • Jornalista e escritor frustrado, que conhece Alice (Natalie Portman) e a usa como musa inspiradora do seu próximo livro. Se acha o “certinho” e no começo até convence um pouco que é a “vítima”, já que é romântico. Pra mim, é o pior de todos. Dan acha que pode amar Anna e Alice ao mesmo tempo, o que o deixa indeciso o filme inteiro. No final ele fica sem rumo e sem ninguém.

Larry (Clive Owen)

  • Médico dermatologista, Larry é bruto, grosso e racional. É casado com Anna (Julia Roberts). Seu jeito de ser me lembra aquelas pessoas que a todo custo, querem se sentir no poder. Mas apesar de tudo isso, dá pra notar e até sentir que ele não é um “homem das cavernas”.

Porque eu gosto tanto deste filme? Closer não é um filme de contos de fadas, muito menos com finais felizes e personagens perfeitos. Closer é humano, é real ao falar da natureza dos relacionamentos e seus aspectos  como a paixão avassaladora do começo e a angústia dolorosa do fim. Não tem nada de extraordinário, poderia ser a minha história, a sua história, a história de qualquer um. Ninguém é mocinho ou bandido. Mostra como as pessoas buscam a felicidade nos dias de hoje, egoístas muitas vezes. O filme é recheado de coincidências, mentiras, incompreensões, traições, armações, desencontros, sentimento de posse, ciúmes, decepcões, alegrias, paixões e porque não, amor? Mostra a realidade viva de muitos casais, de muitas pessoas. Pessimista em alguns pontos, me lembra um pouco do que eu vivi, ao denunciar a busca pelo prazer sexual dos personagens que, de certa forma, são escravos das paixões que sentem. Retrada os tempos modernos, onde a solidão prevalece ao mesmo tempo que é evitada. Closer se afasta do clichê. É lotado de diálogos duros e afiados e a sua realidade muitas vezes dói. Não existe reciprocidade plena entre os casais. Na minha opinião, a incompreensão é um dos principais guias das histórias. É um ciclo de relações fracassadas que nos fazem refletir bastante, afinal, a vida real é assim, muitas vezes. Os personagens são cheios de defeitos, falhas e erros, como todos nós. Não são exemplos. Jogam, manipulam e dão a impressão de que o amor funciona como um jogo de xadrez. A sinceridade entre eles é tanta, que parece ser utópica. As palavras seduzem na hora da conquista e ferem quando acaba. O final não é feliz para todos. Conheço um monte de Alice’s, Dan’s, Anna’s e Larry’s. Closer é isso, um filme sobre todos nós em algum momento das nossas vidas (ou em vários). É sobre você que ama alguém mas sente-se extremamente atraído por outra. É sobre você que já se magoou e por isso mente quando se apaixona de novo, por ter medo de se magoar de novo. É sobre você que ama e não é correspondido. É sobre você que diz gostar de mais de uma pessoa. É sobre você que ama, mas tem atitudes grosseiras. É sobre você que fica indeciso entre duas pessoas. É sobre você que ama e quando acaba, consegue deixar tudo pra trás e seguir em frente. É sobre a sua sinceridade exagerada que magoa. É sobre você que ama. É sobre você que trai. É sobre você que é traído. É sobre você que perdoa.

Closer deixou de ser um filme de amor justamente por mostrar uma realidade nua e crua sobre os relacionamentos.

  • Pra quem se interessar, aqui vai um pouquinho do filme:
  • Diálogo afiadíssimo no momento da separação entre Anna e Larry

  • Diálogo no momento do fim entre Alice e Dan

Comments

  1. A vida imita a arte, a arte imita a vida. ^^

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  2. Nunca parei para ver o filme, e irei baixa-lo agora mesmo. Amei a descrição que você fez, e falta muito esses filmes que nos mostram a vida realmente da forma que ela é. Muitos filmes mascaram, exageram sobre a vida e é importante vermos um filme que mostra verdadeiramente os dilemas da vida. Gostei muito da descrição e da indicação logicamente.

    Beijos

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  3. Sorri ao ler este teu post descontraído.
    Gostei… sabias?!

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  4. Já vi o filme,achei muuito bom *-*

    Beijos

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  5. Na primeira vez em que assisti achei um filme meio sem sentido. mas depois, assistindo novamente, fui entendendo exatamente como você falou: uma história de amor/amores diferente das que estamos habituados.

    É um excelente filme, sem dúvidas!

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